terça-feira, 29 de maio de 2007

Somos todos corruptos?

Abordando as denúncias de corrupção recentes, o diretor executivo da Transparência Brasil, Cláudio Weber Abramo, deplorou a puerilidade dos que imaginam que os problemas denunciados “desapareceriam caso as pessoas fossem outras”. Considera que outras pessoas provavelmente agiriam “exatamente da mesma forma”, pois “o que propicia a captura do Estado são disfuncionalidades concretas, e não peculiaridades individuais. Os defeitos estão na Constituição, nas leis ordinárias, nos Códigos Civil e Penal, nas práticas administrativas dos Três Poderes”. Em outras palavras, somos todos corruptos, na sua transparente opinião.
Não me senti contemplado nessa avaliação. Não sou e conheço pessoas que não são corruptas. Para usar seus termos, achei uma análise pueril. O velho Marx não considerava a corrupção inerente à humanidade, mas decorrente de uma sociedade dividida em classes antagônicas, umas exploradoras, outras exploradas.

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