terça-feira, 29 de maio de 2007

E por falar em Renan, pau no Enver Hoxha...

O jornalista Augusto Nunes aproveitou o episódio envolvendo Renan Calheiros para fustigar o PCdoB e o finado dirigente albanês Enver Hoxha:
“Em 7 de abril de 2005, esta coluna publicou a biografia resumida do alagoano Renan Calheiros, presidente do Senado. A condensação do texto vale replay:
Mal saído da adolescência, Renan Calheiros filiou-se ao Partido Comunista do Brasil, o PCdoB velho de guerra, que então se orientava pelo farol instalado na Albânia do companheiro Enver Hoxha. Renan demorou algum tempo até descobrir o que sabiam desde sempre até as cabras montanhesas do país: o livrinho de pensamentos do ditador era tão raso que uma formiga poderia atravessá-lo com água pelas canelas.
Encerrado o longo estágio no PCdoB, assimilara duas lições. Primeira: quem apóia um Enver Hoxha consegue apoiar qualquer um. Segunda: ficar contra o governo é fechar os atalhos e trilhas que conduzem a nomeações de amigos, liberação de verbas e barganhas fisiológicas sem as quais políticos brasileiros raramente vão longe. Algumas aulas práticas fizeram o resto do trabalho.”
Maldade pura. Apoiar Enver Hoxha não era apoiar qualquer um e nem dava camisa pra ninguém. Pelo contrário, significava defender pontos de vista bastante isolados no cenário internacional e na esquerda, em particular. Não era coisa para oportunistas de plantão. Nunes deve desculpas aos que, com sinceridade de intenções e convicções revolucionárias, defendiam a Albânia como “farol do socialismo para o mundo” nos sangrentos tempos da ditadura militar brasileira.
Em tempo: quem tinha “livrinho de pensamentos” era o Mao Zedong (com quem Enver Hoxha rompeu), parodiado no Brasil pelo Millôr Fernandes. Atualize suas (des)informações, Nunes...

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