terça-feira, 29 de maio de 2007

AINDA inocente...

Renan AINDA não é alvo de investigação na Operação Navalha, diz o Jornal do Brasil. E parece ser essa a sensação dos principais comentaristas políticos dos meios de comunicação. Carlos Chagas escreve, em tom ameaçador: “O grave pode ser o desdobramento da crise, caso insistam em levar adiante a elucidação das acusações. Porque diante de um hipotético afastamento da presidência do Senado, Renan vira bicho. Exigirá ampliar a devassa ao infinito, envolvendo todas as empreiteiras e quase todos os senadores”. Jânio de Freitas não ficou satisfeito: “Não lhe bastaria, portanto, restringir-se à continuada reiteração de que os gastos com sua ‘vida mais íntima’ foram ‘com recursos próprios’. O que importa, para o interesse público, é o esclarecimento sobre a procedência e o acúmulo desses recursos próprios. E esse esclarecimento Renan Calheiros evitou com o discurso, de intenção obviamente sensibilizante, da vítima atingida por uma violação do princípio constitucional de proteção à intimidade e à honra pessoal”.
E Clóvis Rossi gostaria que Renan se mirasse no exemplo do suicida japonês: “Toshikatsu Matsuoka, ministro da Agricultura do Japão, enforcou-se ontem em sua casa depois de ser acusado de envolvimento em concorrências suspeitas e de ver contestada a declaração de gastos de seu escritório. Ele negou qualquer irregularidade. As acusações ainda não foram comprovadas. ... Renan Calheiros, presidente do Senado, é igualmente acusado de beneficiário de pagamentos suspeitos à mulher com a qual teve um filho, pagamentos feitos por funcionário de uma empreiteira, que teria praticado atos similares aos de que foi acusado Matsuoka. As acusações contra Renan Calheiros não foram ainda comprovadas, como no caso Matsuoka. O senador brasileiro não se enforcou nem renunciou nem se licenciou para se defender. Ao contrário, preferiu falar de sua cátedra”.

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