segunda-feira, 21 de maio de 2007

Com dureza e sem ternura jamais

O patronato quer ver sangue na lei antigreve do governo, chamada “Lei de Greve”. No Correio Braziliense deste 21 de maio, Luciano Pires informa: “Apesar do protesto dos sindicatos e de uma parte do governo torcer contra, a lei que trata da regulamentação do direito de greve no setor público está entre as mais brandas do mundo”.
O jornalista registra o descontentamento com a manutenção da estabilidade no emprego para os servidores públicos e faz coro com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, na defesa do corte do ponto dos grevistas. Cita o modelo alemão, onde “o salário pode, inclusive, ser reduzido e a jornada de trabalho ampliada”. Refere-se à França, “onde o conceito de greve se confunde com cidadania e liberdade, o direito é reconhecido, mas com certas limitações”, como a de comunicar a paralisação com cinco dias úteis de antecedência, e à Itália, onde os servidores civis “em caso de greve, precisam manter os serviços essenciais funcionando” e as “faltas são abatidas no contracheque. O corte de ponto pelos dias parados é prática comum também no Reino Unido, onde existem 5.831 milhões de servidores públicos e o recrutamento ocorre por meio de anúncios em jornais ou sites especializados”.
Contrastando com o detalhismo na comparação da legislação grevista, o jornal não fez nenhuma referência às condições de trabalho e de salário do funcionalismo desses países, relacionando-os com os do Brasil...
Cipriano Pereira

Um comentário:

Anônimo disse...

Por que nao:)