terça-feira, 22 de maio de 2007

Carlos Chagas especula

A natureza das coisas
Três anos e meio nos separam das eleições presidenciais, mas arrisca-se a perder o trem da História quem pretender ignorar suas preliminares e fazer de conta que a sucessão não existe. O próprio presidente Lula aceitou evoluir em torno dela, ao admitir a hipótese de passar a faixa para alguém da base governista, mas não necessariamente do PT. Se assim acontece com uma decisão a ser tomada em 2010, o que dizer das eleições para as prefeituras, ano que vem? Em especial nas capitais dos estados, a disputa já começou.

Tome-se São Paulo. Marta Suplicy terá mesmo desistido, preferindo continuar no Ministério do Turismo e, depois, pensar no Planalto? Afinal, é o nome que mais se destaca no PT para o lugar de Gilberto Kassab. Argumenta-se que ela não se arriscaria a perder outra vez a prefeitura, quem sabe para Geraldo Alckmin, provável candidato do PSDB. Só que ele também andará no fio da navalha, porque, se perder, será carta fora do baralho em futuras eleições.

No PT, Arlindo Chinaglia se movimenta, com a vantagem de não ter nada a perder, pois continuará deputado federal. As esquerdas parecem divididas. Aldo Rebello, do PC do B, esquenta turbinas para novo embate com o aliado-adversário. O medo maior, porém, situa-se no extremo oposto: se Paulo Maluf decidir lançar-se, será um perigo para todos os adversários domados. E olhem que disposição não lhe falta, como deputado mais votado em São Paulo.

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