quarta-feira, 13 de junho de 2007

PCdoB está fora ou está dentro?

Ao contrário do que Denise Rothenburg informou (e foi colocado neste blog) no Correio Braziliense de 1º de junho, não acabou o flerte entre o PCdoB e o governo Arruda, do Distrito Federal. Isto se for verdade o que diz o Informe DF, do Jornal do Brasil de hoje (é sempre bom relembrar que às vezes a única coisa verdadeira num jornal é a data de sua publicação – e nas revistas semanais, nem isso!):
PCdoB a bordo
O INGRESSO do ex-ministro Agnelo Queiroz no secretariado de José Roberto Arruda está em plena costura. Conta com uma referência nacional e é acompanhado pela cúpula do Democratas, o partido do governador. Seria o primeiro caso em que um integrante do PCdoB participa de um governo do antigo PFL. Também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva -que se encontrou três vezes com Arruda em dez dias, uma no jogo da seleção brasileira em Londres e duas na segunda-feira -está acompanhando esse negociação. Não por acaso, o governador do Distrito Federal, ao falar na cerimônia de transferência da tocha Pan-Americana, fez calorosas referências ao trabalho do Ministério do Esporte e à gestão de Agnelo. As conversas entre integrantes do governo Arruda e Agnelo já se estendem há algum tempo. A Secretaria da Saúde tem sempre sido citada como pólo das negociações. Não é bem assim. A Saúde é uma das secretarias que apresenta maior repercussão social e que conta com maior volume de recursos. De quebra, o atual secretário, José Geraldo Maciel, está com força total, inclusive por ter transformado a pasta de problema em solução. Só sai do cargo se quiser e se for necessário em outra missão. Seria o caso, por exemplo, da presidência do Banco de Brasília, o BRB, mas há outras opções. Por outro lado, após ter sido ministro, Agnelo poderia encarar a Secretaria dos Esportes como um posto menor, ainda que receba peso estratégico no governo Arruda, já que cuidará das Vilas Olímpicas. De qualquer forma, Arruda gostaria mesmo de compor uma enorme frente política, bem a exemplo do que faz em Minas Gerais o governador tucano Aécio Neves, sempre citado por ele como modelo. Arruda já conseguiu montar um arco de alianças que se estende do PDT e PSB até parte do núcleo rorizista. Seus principais aliados não escondem que uma ampliação que incorporasse segmentos mais à esquerda seria bem vista por eles, de olho em 2010.