quinta-feira, 21 de junho de 2007

Fúria repentina da Globo

Cui prodest? Os criminalistas costumam usar a expressão latina que significa A quem aproveita? quando querem saber que sairá beneficiado de determinada causa. Ontem, na Comissão de Ética, o senador comunista cearense Inácio Arruda registrou que a imprensa acerta muitas vezes, mas também erra. E lembrou que os órgãos de comunicação têm donos e esses têm posições políticas que expressam através de seus veículos. Na sua coluna de hoje, o jornalista Sebastião Nery vai pelo mesmo caminho:
“Mas por que, de repente, essa fúria apurativa exatamente no Senado, quando a maioria da imprensa critica a Polícia Federal, sobretudo o correto e imperturbável Paulo Lacerda, pelas indispensáveis ações contra a corrupção?
Isso tem um nome e precisa ser denunciado: chama-se CPI das ONGs. A criação da CPI das ONGs no Senado, com número suficiente de assinaturas, já formalizada, embora ainda engavetada esperando hora para instalar, foi como o Senado atiçar um vespeiro, bulir numa fantástica casa de marimbondo.”

O Senado ainda não pôs para funcionar, mas já criou. Virou enorme ameaça. As ONGs são hoje a maior e mais criminosa caixa preta do País : são centenas de milhares, recebem bilhões dos governos e não prestam contas a ninguém. A maior delas, mais faturante, mais poderosa, mais nebulosa, mais cabulosa, mais indevassável, é precisamente a "Fundação Roberto Marinho".
E adiante:“Essa fúria repentina e desbragada do sistema "Globo" contra o senador RENAN e seus aliados no Senado, por causa de uma pensão de R$ 12 mil, é uma resposta e aviso "global" ao Senado contra a criação da CPI das ONGs, que vai necessariamente chegar aos porões de televisões, revistas, jornais, que usam as ONGs como biombos. E sobretudo a Fundação Roberto Marinho.”

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