quinta-feira, 17 de maio de 2007

Materia da Folha sobre reprovação escolar

O Jornal Folha de São Paulo, em sua edição de 17 de maio de 2007, traz longa matéria sobre o aumento do índice de reprovação que cresce pelo sétimo ano consecutivo. Diz o jornal que "a dificuldade de incluir sem perda de qualidade do ensino esses alunos mais pobres, com mais dificuldades de aprendizado e que antes não estavam no sistema, é apontada por vários especialistas como principal causa para a piora dos indicadores da educação brasileira nos últimos dez anos".

Os dados gerais do Censo Escolar 2006, medido pelo INEP/MEC revelaram um aumento de 1,1 pontos percentuais no índice de reprovação, que passa de 10,4% (2004), para 11,5% (2005). Se é verdade que esse dado é alarmante, é verdade também que esse é um lado da moeda. O lado escolhido "entre as linhas" editorais da Folha.O mesmo Censo Escolar, demonstra a inclusão, através do número de crianças, jovens e adultos que passaram a freqüentar os bancos escolares.

A elevação desse indicador, também comprova a tese de Márcio Pochmann, de que "o jovem buscou elevar a escolaridade combinando com a atividade laboral, indicando que o Brasil tem jovens que trabalham e estudam, ao contrário da tendência dos países desenvolvidos de postergação do ingresso juvenil no mercado de trabalho para ampliação da escolarização".

Os jovens passaram a buscar alternativas de inclusão, nos programas de Educação de Jovens e Adultos. Para o período de 2005/2006, as matrículas da EJA nos cursos presenciais cresceram 5,2% (mais 241.964 mil alunos) e nos cursos semipresenciais diminuíram em 24,2% (menos 241.099 alunos), indicando uma migração de alunos dos cursos presenciais para os semipresenciais. Um dos fatores responsáveis por essa transferência, está relacionado à implantação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, Fundeb, cujo financiamento a educação básica presencial, incluindo os cursos da educação de jovens e adultos.

Tudo isso, não estava entre as linhas do jornal.

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