Um jornal alemão entrou na campanha para minar o Mercosul e o culpado, claro, é o presidente da Venezuela Hugo Chávez. Disse que o organismo "definha", avalia que "Chávez parece ter perdido a vontade de cooperar" e ainda retoma inspira de Guerra Fria afirmando que o Mercosul "é um clube essencialmente capitalista, para quem o socialismo do século 21 da Venezuela, marcado por estatizações, não pega bem".
A integração do continente incomoda muita gente...
quarta-feira, 27 de junho de 2007
segunda-feira, 25 de junho de 2007
Reforma política, aborto e tv pública
Terça-feira pode ocorrer a votação na reforma política na Câmara. O relator talvez apresente um substitutivo à proposta, que recebeu 346 emendas em Plenário.
O Presidente marcou sessões extraordinárias para terça a quinta, tendo por pauta duas Medidas Provisórias e o PL do Executivo e os dois projetos da reforma política.Nas comissões permanentes, na quarta-feira haverá audiência sobre legislação sobre aborto - o comando da Igreja Católica está alvoroçado com o assunto. Também na quarta o Ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, falará sobre o projeto de criação da televisão pública brasileira.
O Presidente marcou sessões extraordinárias para terça a quinta, tendo por pauta duas Medidas Provisórias e o PL do Executivo e os dois projetos da reforma política.Nas comissões permanentes, na quarta-feira haverá audiência sobre legislação sobre aborto - o comando da Igreja Católica está alvoroçado com o assunto. Também na quarta o Ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, falará sobre o projeto de criação da televisão pública brasileira.
A insensatez de Fernando Rodrigues
Na sua coluna de hoje, o analista da Folha achincalha a Câmara: "A indigência intelectual da Casa que" (Arlindo Chinaglia) "preside acaba de produzir um projeto frankenstein de mudanças político-eleitorais".
A quem interessa esse tipo de crítica ao parlamento? Certamente isso não vai aperfeiçoá-lo, mas desacreditá-lo.
A quem interessa esse tipo de crítica ao parlamento? Certamente isso não vai aperfeiçoá-lo, mas desacreditá-lo.
Atestado de inocência
É o Estadão, famoso por seu anticomunismo explícito, quem constata:Dos irmãos Calheiros, apenas o comunista Renildo não tem base eleitoral em Alagoas, embora tenha nascido lá, e não foi envolvido nas denúncias de recebimento de propina da empreiteira Gautama, do empresário Zuleido Veras.
De palavra em palavra
O Estadão fez uma seleção de frases do affair a respeito do presidente do Congresso, Renan Calheiros:
“O senador Renan Calheiros deveria se afastar do cargo de presidente do Senado”
Jefferson Peres (PDT-AM), o primeiro a pedir a saída do presidente do Senado, em 29/5
“Tenho apoio de 80 dos 81 senadores. Só não tenho do senador Jefferson Peres”
Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda forte, rebatendo a idéia de Peres, em 30/5
“Não quero condenar, quero absolver”
Romeu Tuma (DEM-SP), corregedor do Senado, ao iniciar a análise do caso de Renan, em 31/5
“Não podemos aceitar a absolvição por antecipação”
José Nery (PSOL-PA), autor da ação contra Renan, sentindo que ganhava terreno a articulação pelo arquivamento do caso, em 11/6
“É preciso aprofundar a apuração para que não fiquem dúvidas”
Eduardo Suplicy (PT-SP), engrossando o coro por mais investigações, em 12/6
“É preciso que se façam mais investigações. Há evidências de problemas na negociação do gado”
Demóstenes Torres (DEM-GO), depois da reportagem do JN que mostrou problemas na compra e venda de gado feitas por Renan, em 14/6
“O momento é de cautela”
Renato Casagrande (PSB-ES), aliado de Renan, começando a mudar de opinião depois da revelação de problemas nos documentos apresentados por Renan, em 14/6
“Se não votarem meu relatório hoje, eu renuncio”
Epitácio Cafeteira (PTB-MA), primeiro relator do caso no Conselho de Ética, em 15/6
“Tudo bem, aceito que façam novas perícias, mas não mudo uma linha do relatório”
Epitácio Cafeteira, cedendo às pressões por mais investigações, em 15/6
“O Senado está sangrando muito mais do que Renan”
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), insatisfeito com os estragos institucionais causados pela tentativa de arquivar o caso, em 18/6
“Parece até que está havendo uma torcida contra o senador Renan”
Valdir Raupp (PMDB-RO), aliado de Renan tentando sair em socorro do presidente do Senado, em 19/6
“A sociedade está ridicularizando de tal maneira o Senado que passou do ponto. A hora de renunciar é esta”
Pedro Simon (PMDB-RS), pedindo a renúncia, em 19/6
“Eu desejo continuar como relator. Quero tanto que vou repetir: quero continuar como relator”
Wellington Salgado (PMDB-MG), aliado de Renan nomeado relator no lugar de Cafeteira, contestando as acusações de que teria negócios com o senador alagoano, o que o impediria de ocupar o cargo, em 20/6
“Renúncia não existe no meu dicionário”
Renan Calheiros, acuado, rebatendo a possibilidade de deixar o posto, em 20/6
“Eu desisto de ser relator”
Wellington Salgado, deixando o posto pouco tempo depois de perceber que seu relatório pedindo o arquivamento do caso não seria votado, em 20/6
“Estou sendo vítima de um processo esquizofrênico”
Renan Calheiros, amargando a derrota no Conselho de Ética que decidiu ampliar a investigação sobre seu caso, em 21/6
“O senador Renan Calheiros deveria se afastar do cargo de presidente do Senado”
Jefferson Peres (PDT-AM), o primeiro a pedir a saída do presidente do Senado, em 29/5
“Tenho apoio de 80 dos 81 senadores. Só não tenho do senador Jefferson Peres”
Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda forte, rebatendo a idéia de Peres, em 30/5
“Não quero condenar, quero absolver”
Romeu Tuma (DEM-SP), corregedor do Senado, ao iniciar a análise do caso de Renan, em 31/5
“Não podemos aceitar a absolvição por antecipação”
José Nery (PSOL-PA), autor da ação contra Renan, sentindo que ganhava terreno a articulação pelo arquivamento do caso, em 11/6
“É preciso aprofundar a apuração para que não fiquem dúvidas”
Eduardo Suplicy (PT-SP), engrossando o coro por mais investigações, em 12/6
“É preciso que se façam mais investigações. Há evidências de problemas na negociação do gado”
Demóstenes Torres (DEM-GO), depois da reportagem do JN que mostrou problemas na compra e venda de gado feitas por Renan, em 14/6
“O momento é de cautela”
Renato Casagrande (PSB-ES), aliado de Renan, começando a mudar de opinião depois da revelação de problemas nos documentos apresentados por Renan, em 14/6
“Se não votarem meu relatório hoje, eu renuncio”
Epitácio Cafeteira (PTB-MA), primeiro relator do caso no Conselho de Ética, em 15/6
“Tudo bem, aceito que façam novas perícias, mas não mudo uma linha do relatório”
Epitácio Cafeteira, cedendo às pressões por mais investigações, em 15/6
“O Senado está sangrando muito mais do que Renan”
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), insatisfeito com os estragos institucionais causados pela tentativa de arquivar o caso, em 18/6
“Parece até que está havendo uma torcida contra o senador Renan”
Valdir Raupp (PMDB-RO), aliado de Renan tentando sair em socorro do presidente do Senado, em 19/6
“A sociedade está ridicularizando de tal maneira o Senado que passou do ponto. A hora de renunciar é esta”
Pedro Simon (PMDB-RS), pedindo a renúncia, em 19/6
“Eu desejo continuar como relator. Quero tanto que vou repetir: quero continuar como relator”
Wellington Salgado (PMDB-MG), aliado de Renan nomeado relator no lugar de Cafeteira, contestando as acusações de que teria negócios com o senador alagoano, o que o impediria de ocupar o cargo, em 20/6
“Renúncia não existe no meu dicionário”
Renan Calheiros, acuado, rebatendo a possibilidade de deixar o posto, em 20/6
“Eu desisto de ser relator”
Wellington Salgado, deixando o posto pouco tempo depois de perceber que seu relatório pedindo o arquivamento do caso não seria votado, em 20/6
“Estou sendo vítima de um processo esquizofrênico”
Renan Calheiros, amargando a derrota no Conselho de Ética que decidiu ampliar a investigação sobre seu caso, em 21/6
quinta-feira, 21 de junho de 2007
O falso argumento da suplência
Vários jornalistas, inclusive dos mais creditados junto aos leitores, como Jânio de Freitas, Carlos Heitor Cony, Hélio Fernandes, Merval Pereira e Dora Kramer, estão questionando a legitimidade dos suplentes de senadores que assumiram o mandato, como o presidente da Copmissão de Ética, Sibá Machado (PT-AC), e o relator 24 horas do processo contra Renan, Wellington Salgado (PMDB/MG).
Estes senadores teriam cometido o pecado capital de mostrarem-se favoráveis a Renan. Porém, um dos primeiros a declarar-se disposto a provar a inocência de Renan não é suplente em exercício do mandato: Romeu Tuma (DEM/SP). E o senador que propôs a ação, José Nery (PSOL/PA), é, também ele, um suplente de Ana Júlia Carepa (PT), que deixou o cargo por ter sido eleita governadora do Pará. Estranhamente, este não entra na lista dos "malditos" suplentes sem votos...
Estes senadores teriam cometido o pecado capital de mostrarem-se favoráveis a Renan. Porém, um dos primeiros a declarar-se disposto a provar a inocência de Renan não é suplente em exercício do mandato: Romeu Tuma (DEM/SP). E o senador que propôs a ação, José Nery (PSOL/PA), é, também ele, um suplente de Ana Júlia Carepa (PT), que deixou o cargo por ter sido eleita governadora do Pará. Estranhamente, este não entra na lista dos "malditos" suplentes sem votos...
Fúria repentina da Globo
Cui prodest? Os criminalistas costumam usar a expressão latina que significa A quem aproveita? quando querem saber que sairá beneficiado de determinada causa. Ontem, na Comissão de Ética, o senador comunista cearense Inácio Arruda registrou que a imprensa acerta muitas vezes, mas também erra. E lembrou que os órgãos de comunicação têm donos e esses têm posições políticas que expressam através de seus veículos. Na sua coluna de hoje, o jornalista Sebastião Nery vai pelo mesmo caminho:
“Mas por que, de repente, essa fúria apurativa exatamente no Senado, quando a maioria da imprensa critica a Polícia Federal, sobretudo o correto e imperturbável Paulo Lacerda, pelas indispensáveis ações contra a corrupção?
Isso tem um nome e precisa ser denunciado: chama-se CPI das ONGs. A criação da CPI das ONGs no Senado, com número suficiente de assinaturas, já formalizada, embora ainda engavetada esperando hora para instalar, foi como o Senado atiçar um vespeiro, bulir numa fantástica casa de marimbondo.”
O Senado ainda não pôs para funcionar, mas já criou. Virou enorme ameaça. As ONGs são hoje a maior e mais criminosa caixa preta do País : são centenas de milhares, recebem bilhões dos governos e não prestam contas a ninguém. A maior delas, mais faturante, mais poderosa, mais nebulosa, mais cabulosa, mais indevassável, é precisamente a "Fundação Roberto Marinho".
E adiante:“Essa fúria repentina e desbragada do sistema "Globo" contra o senador RENAN e seus aliados no Senado, por causa de uma pensão de R$ 12 mil, é uma resposta e aviso "global" ao Senado contra a criação da CPI das ONGs, que vai necessariamente chegar aos porões de televisões, revistas, jornais, que usam as ONGs como biombos. E sobretudo a Fundação Roberto Marinho.”
“Mas por que, de repente, essa fúria apurativa exatamente no Senado, quando a maioria da imprensa critica a Polícia Federal, sobretudo o correto e imperturbável Paulo Lacerda, pelas indispensáveis ações contra a corrupção?
Isso tem um nome e precisa ser denunciado: chama-se CPI das ONGs. A criação da CPI das ONGs no Senado, com número suficiente de assinaturas, já formalizada, embora ainda engavetada esperando hora para instalar, foi como o Senado atiçar um vespeiro, bulir numa fantástica casa de marimbondo.”
O Senado ainda não pôs para funcionar, mas já criou. Virou enorme ameaça. As ONGs são hoje a maior e mais criminosa caixa preta do País : são centenas de milhares, recebem bilhões dos governos e não prestam contas a ninguém. A maior delas, mais faturante, mais poderosa, mais nebulosa, mais cabulosa, mais indevassável, é precisamente a "Fundação Roberto Marinho".
E adiante:“Essa fúria repentina e desbragada do sistema "Globo" contra o senador RENAN e seus aliados no Senado, por causa de uma pensão de R$ 12 mil, é uma resposta e aviso "global" ao Senado contra a criação da CPI das ONGs, que vai necessariamente chegar aos porões de televisões, revistas, jornais, que usam as ONGs como biombos. E sobretudo a Fundação Roberto Marinho.”
Especulação a gente vê por aqui
Nas investidas dos analistas para tentar entender quem está por trás da Globo na fritura do Renan, qualquer coisa serve para encher as linhas dos jornais. Inclusive esta, do próprio O Globo, de hoje: “Oficialmente, Lula tem sido aconselhado a tentar manter certa distância do caso, para evitar as interpretações possíveis: ou que está querendo ajudar o aliado ou que o abandonou”. Existe isso de conselho oficial? Foi feito através de ofício? E extra-oficialmente, o que estará sendo aconselhado? Que o Lula dê declarações públicas sobre questões de um outro Poder da República?
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